ATA DA CENTÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEGUNDA LEGISLATURA, EM 11.12.1998.

 


Aos onze dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e oito reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às nove horas e quinze minutos foi efetuada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Elói Guimarães, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Carlos Nedel, João Dib, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães e Tereza Franco. Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores Annamaria Gularte, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Décio Schauren, Eliseu Sabino, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Isaac Ainhorn, João Motta, Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Sônia Santos. Constatada a existência de "quorum", o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a distribuição em avulsos de cópias das Atas das Centésima Quinta Sessão Ordinária e Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta e Décima Quinta Sessões Extraordinárias que, juntamente com a Ata Declaratória da Centésima Quarta Sessão Ordinária e as Atas das Centésima Primeira, Centésima Segunda e Centésima Terceira Sessões Ordinárias e Quadragésima Quinta e Quadragésima Sexta Sessões Solenes, foram aprovadas. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Carlos Alberto Garcia, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Cláudio Sebenelo, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Clovis Ilgenfritz, o Projeto de Resolução nº 54/98 (Processo nº 3452/98), a Emenda nº 04, subscrita pela Vereadora Maria do Rosário, ao Projeto de Resolução nº 37/98 (Processo nº 2552/98) e a Emenda nº 05, subscrita pela Vereadora Maria do Rosário, ao Projeto de Resolução nº 46/98 (Processo nº 3037/98); pelo Vereador João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 175/98 (Processo nº 3403/98); pelo Vereador Juarez Pinheiro, o Projeto de Lei do Legislativo nº 176/98 (Processo nº 3420/98); pelo Vereador Luiz Braz, 02 Pedidos de Providências e o Pedido de Informações nº 150/98 (Processo nº 3414/98); pela Vereadora Sônia Santos, 01 Pedido de Providências. Ainda, foi apregoado o Ofício nº 487/98, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 45/98 (Processo nº 3463/98). Do EXPEDIENTE constaram os Ofícios nºs 3687 e 3688/98, do Senhor Gilberto Mussi, Chefe da Casa Civil Adjunto do Estado/RS. Na oportunidade, o Vereador Cláudio Sebenelo registrou o falecimento, dia dez de dezembro do corrente, do Artista Plástico Vasco Prado. A seguir, o Senhor Presidente registrou que seria realizada homenagem ao Coronel Ene Garcez dos Reis Júnior, Comandante do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre, convidando-o a integrar a Mesa dos trabalhos. Também, convidou a integrar a Mesa dos trabalhos o General Maurer, Chefe do Estado Maior do Comando Militar do Sul; o General de Nardi, Comandante da Artilharia Divisionária da 6ª D.E.; o Coronel Sérgio da Silva Tinoco, Coronel-Chefe da CRO/3; o Senhor Poli Marcelli Espírito, remanescente da 1ª Turma do CPOR - POA 1929; o Tenente-Coronel Severo, da Artilharia Divisionária da 6ª D.E.; o Senhor João Luiz Cesarino da Rosa, Secretário-Executivo da Associação Beneficente e Educacional de 1858; o Major Rogério Petry, do CPOR. Após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Vereador Pedro Américo Leal que, em nome da Casa, saudou os visitantes, discorrendo acerca do trabalho realizado pelo Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre - CPOR em prol da comunidade gaúcha. Também, destacou a importância da atuação do Coronel Ene Garcez dos Reis Júnior na concretização desse Centro. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Cláudio Sebenelo saudou a presença do Coronel Juarez Schneider. Teceu considerações acerca do significado, para o jovem, da passagem pelo serviço militar, como momento de amadurecimento e de maior contato com o mundo exterior ao ambiente familiar. Ainda, salientou o trabalho positivo realizado pelo CPOR na preparação e no apoio a esses jovens. Em prosseguimento, foi apregoado Requerimento do Vereador Juarez Pinheiro, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança o Suplente Cyro Martini, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Constituição e Justiça. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Coronel Ene Garcez dos Reis Júnior, que agradeceu a homenagem prestada por este Legislativo. Às nove horas e cinqüenta e dois minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo reabertos às nove horas e cinqüenta e oito minutos, constatada a existência de "quorum". Na ocasião, o Vereador Guilherme Barbosa registrou o transcurso, hoje, do Dia do Engenheiro e do Arquiteto. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 3ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 166 e 174/98; os Projetos de Lei Complementar do Legislativo nºs 19 e 20/98; o Projeto de Resolução nº 51/98. A seguir, constatada a existência de "quorum", foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal do Vereador João Dib, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 60/97, com ressalva das Emendas a ele apostas. Após, foram votadas conjuntamente, por solicitação do Vereador Guilherme Barbosa, e aprovadas as Emendas nºs 01 a 06 apostas a este Projeto. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 93/98, este após ser discutido pelo Vereador Cláudio Sebenelo, 101, 121 e 122/98. Durante a votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 122/98, os trabalhos foram presididos pelo Vereador Clovis Ilgenfritz, tendo em vista ser a autoria deste Projeto do Vereador Luiz Braz. Também, foi aprovado Requerimento do Vereador Henrique Fontana, solicitando Licença para Tratar de Interesses Particulares, no dia de hoje, tendo o Senhor Presidente declarado empossado na vereança a Suplente Maristela Maffei, informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Defesa do Consumidor e Direitos Humanos. Em Discussão Geral e Votação foram aprovados o Projeto de Lei do Executivo nº 28/98, os Projetos de Lei do Legislativo nºs 130/98 e 140/98. Após, foi apregoada a Emenda nº 02, de autoria do Vereador José Valdir, subscrita pelos Vereadores Cláudio Sebenelo e João Dib, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 29/97 (Processo nº 812/97). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 29/97, com ressalva das Emendas a ele apostas, após ser discutido pelos Vereadores José Valdir, Cláudio Sebenelo, Elói Guimarães e Tereza Franco. Quando da apreciação deste Projeto, o Vereador Adeli Sell cedeu seu tempo de discussão ao Vereador José Valdir. Após, foram aprovadas as Emendas nºs 01 e 02 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 29/97. A seguir, por solicitação da Vereadora Maristela Maffei, foi efetuado um minuto de silêncio face ao falecimento do Artista Plástico Vasco Prado. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 42/98, por vinte e um votos SIM, após ser discutido pelo Vereador Cláudio Sebenelo e encaminhado à votação pelo Vereador João Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Antônio Hohlfeldt, tendo votado os Vereadores Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Isaac Ainhorn, João Dib, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Renato Guimarães, Cyro Martini e Maristela Maffei. Na ocasião, os trabalhos estiveram suspensos das dez horas e cinqüenta e sete minutos às onze horas e dez minutos, para reunião conjunta de Comissões. Após, foi apregoado Requerimento do Vereador João Dib, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando que seja votada em destaque a expressão "2100-21205 - Carris - Convênio . 3132.01 - Outros Serviços e Encargos - R$ 500.000,00" constante do artigo 1º do Projeto de Lei do Executivo nº 44/98 (Processo nº 3451/98). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 44/98, com ressalva do destaque a ele aposto. Após, foi votada destacadamente e aprovada a expressão "2100-21205 - Carris - Convênio . 3132.01 - Outros Serviços e Encargos - R$ 500.000,00", constante do artigo 1º do Projeto de Lei do Executivo nº 44/98, por quinze votos SIM e cinco votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores João Dib e Guilherme Barbosa, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Dib, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Renato Guimarães, Cyro Martini e Maristela Maffei e Não os Vereadores João Dib, Annamaria Gularte, Antonio Hohlfeldt, Cláudio Sebenelo e Sônia Santos. A seguir, foram apregoados os Ofícios nºs 490 e 491/98, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, encaminhando, respectivamente, o Projeto de Lei do Executivo nº 46/98 (Processo nº 3473/98) e o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 09/98 (Processo nº 3470/98). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Resolução nº 26/98 que, a Requerimento, aprovado, do Vereador João Motta, teve adiada sua discussão por uma Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 33/98. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 47/98, por vinte e quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Annamaria Gularte, Antonio Hohlfeldt, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Hélio Corbellini, João Motta, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Renato Guimarães, Sônia Santos, Tereza Franco, Cyro Martini e Maristela Maffei. Às onze horas e vinte e sete minutos, o Senhor Presidente declarou suspensos os trabalhos, nos termos regimentais, sendo reabertos às onze horas e trinta e um minutos, constatada a existência de "quorum". Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 17/98, com ressalva da Emenda a ele aposta, por vinte e dois votos SIM, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Annamaria Gularte, Antonio Hohlfeldt, Antônio Losada, Carlos Alberto Garcia, Cláudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Cyro Martini e Maristela Maffei. Após, foi aprovada a Emenda nº 01 aposta a este Projeto. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 11/97 que, a Requerimento, aprovado, da Vereadora Maria do Rosário, teve adiada sua discussão por uma Sessão. A seguir, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador Gerson Almeida, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 158/97, por dezesseis votos SIM, um voto NÃO e uma ABSTENÇÃO, após ser encaminhado à votação pelo Vereador Gerson Almeida, em votação nominal solicitada pelo Vereador Cláudio Sebenelo, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Annamaria Gularte, Antônio Losada, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Renato Guimarães, Cyro Martini e Maristela Maffei, Não o Vereador João Dib e tendo optado pela Abstenção o Vereador Reginaldo Pujol. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 34/98, por dezenove votos SIM, após ser discutido pelo Vereador Guilherme Barbosa e encaminhado à votação pelo Vereador João Dib, em votação nominal solicitada pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Annamaria Gularte, Antônio Losada, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Gerson Almeida, Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Reginaldo Pujol, Renato Guimarães, Cyro Martini e Maristela Maffei. Na oportunidade, o Vereador Reginaldo Pujol manifestou-se acerca deste Projeto. Em Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 12/97 que, a Requerimento, aprovado, do Vereador Elói Guimarães, teve adiada sua votação por quatro Sessões. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 21/97 que, a Requerimento, aprovado, do Vereador Paulo Brum, teve adiada sua discussão por uma Sessão. Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 02/98, discutido pelos Vereadores João Dib, Antônio Losada, Luiz Braz, Renato Guimarães, José Valdir e Reginaldo Pujol. Às doze horas e dezessete minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Luiz Braz, Clovis Ilgenfritz e Guilherme Barbosa, este nos termos do artigo 27 do Regimento, e secretariados pelos Vereadores Paulo Brum e Clovis Ilgenfritz, este como Secretário "ad hoc". Do que eu, Paulo Brum, 2º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A palavra com o Ver. Cláudio Sebenelo, para um Requerimento.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO (Requerimento): Sr. Presidente, faleceu, ontem, dia 10 de dezembro, na Cidade, um grande artista plástico gaúcho, Vasco Prado. Se alguém passar pela Rua Duque de Caxias vai ver uma escultura notável com a história do Rio Grande do Sul. Ela está toda plasmada no prédio da Assembléia Legislativa, na parte de quem olha para o Palácio Piratini. Essa escultura mostra a grandeza desse artista plástico que nós perdemos ontem.

 

O SR. PRESIDENTE: Eu agradeço o registro de V. Ex.ª e se, no decorrer da Sessão, tivermos um quórum mais qualificado, poderemos fazer essa homenagem de forma mais marcante como Instituição.

Nós temos hoje o comparecimento do Coronel de Infantaria Ene Garcez dos Reis Júnior, Comandante do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre. Também teremos a presença dos nossos amigos do CPOR e do Exército, que visitam a nossa Câmara Municipal, e que receberão uma homenagem pelo trabalho desenvolvido à frente daquela instituição militar.

Em primeiro lugar, é uma honra termos a presença de todos os senhores neste dia aqui em nossa Câmara.

Convido a compor a Mesa: o homenageado, Coronel Ene Garcez dos Reis Júnior, Comandante do CPOR de Porto Alegre; o Gen. Maurer, Chefe de Estado Maior do Comando Militar do Sul; o Gen. de Nardi, Comandante da Artilharia Divisionária da 6ª D. E.; o Cel. Sérgio da Silva Tinoco, Coronel Chefe da COR/3 - Comissão Regional de Obras; o remanescente da 1ª turma do CPOR - POA 1929 o Dr. Poli Marcelli Espírito; o Ten. Cel. Severo, da Artilharia Divisionária da 6ª D.E.; o Secretário Executivo da Associação Beneficente e Educacional de 1858, Dr. João Luiz Cesarino da Rosa; o Major Rogério Petry, do CPOR.

Queremos cumprimentar a todos os demais oficiais, sargentos e os presentes, que vieram acompanhar a Delegação do CPOR, que visita esta Câmara para receber uma homenagem, aliás, uma homenagem que deveriam receber todos os dias pelo trabalho que realizam, principalmente em prol da juventude, fazendo com que todos nós, cidadãos do Rio Grande do Sul e nós, que representamos a sociedade porto-alegrense na Câmara Municipal de Porto Alegre, tenhamos muito orgulho dessa Organização, sediada na Capital do Rio Grande do Sul.

O Ver. Pedro Américo Leal está com a palavra para fazer a saudação aos nossos convidados e visitantes, em nome desta Câmara de Vereadores.

 

O SR. PEDRO AMÉRICO LEAL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.), em 1928 Luiz Araújo Corrêa Lima idealizou a formação das Reservas das Forças Armadas; idealizou o Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre – o CPOR. Uma brilhante idéia!

Ele é, na verdade, a sala de espera, o vestíbulo da sociedade para com as Forças Armadas.

Sempre procuro nesta tribuna, veementemente, e em todos os lugares que vou, realçar a importância do Exército Brasileiro, das Forças Armadas, pois são poucos os civis que conhecem suas idéias, sua capacidade de realização, sua inabalável fé no Brasil.

Foi duro convencer o Estado Maior das Forças Armadas, sempre é duro, todo o Estado Maior é um pouco inerte. E mais duro, ainda, obter crédito da juventude, das famílias para que viessem aos quartéis, deixassem a rapaziada ingressar e participar na caserna. Imaginem isso lá pelos anos 30, que dificuldade tremenda. O Exército, a Aeronáutica, a Marinha silenciosas como são, até hoje pouco se sabe deles, imaginem em 1930. Abriam-se as portas da caserna para uma nova idéia: formação das reservas. Longo tempo foi preciso para se firmar um conceito. Hoje todas as classes econômicas estão aí representadas, seleção aberta, cursa quem já está na faculdade.

Neste ano, o Comandante me avisava, só vão ser aproveitados os alunos de primeiro ano de faculdade, tamanha é a procura do CPOR.

Essa seleção aberta, vencidas as provas físicas e intelectuais, o aluno ingressa no CPOR, são 180, 190 vagas, não tenho ao certo o número avaliado.

Sempre interfiro nessas chamadas, em todo o Exército, porque sempre procurei ser um traço de união entre as duas força: civil e militar. Grande é a procura. Ensinamentos e exemplos da vivência militar são repassados por efetivos: os oficiais, sargentos, instrutores e monitores.

O Coronel Ene Garcez dos Reis Júnior, hoje homenageado é genro de um colega de turma meu, eu o recebi quando chegou aqui. Não só descobriu esta maravilhosa oportunidade de ser um traço de intermediação entre o mundo civil e o mundo militar, como cumpriu a sua missão, na concepção exata da modernidade de ensino. Onde o aluno é o centro do processo, aprende fazendo. Ao deixar o comando, após dois anos, não só comandou, como cativou os senhores comandados.

Isso que é importante, meus Senhores, não pensem que eu idealizei esta reunião nesta manhã, não pensem que eu pedi, que eu vim para cá e fiz força junto ao Ver. Luiz Braz para que esta Sessão fosse realizada. Não fui eu. Foram eles, os alunos que comparecem ao meu gabinete e, insistentemente, através do Presidente da Associação dos ex-Alunos veio atestar essa magia, que eu chamo a “magia da caserna”. Por que a caserna tem uma magia? É pobre a caserna, a comida é rotineira, todo mundo veste a mesma roupa, ganha-se mal e por que essa magia? Por que esses homens estão reunidos, sei lá quantos? São treze mil homens que me fizeram, até sem eu pedir, Diretor de Divulgação.

Pois bem, o João Luiz Cesarino da Rosa, este moço que está ao lado Maurer, à esquerda, é o Presidente da Associação e dos ex-Alunos e amigos do CPOR que, juntamente com toda a Diretoria, a qual pertenço, veio a mim, insistentemente, dizer: nós temos que fazer uma homenagem ao Coronel Garcez, porque esse homem levou o CPOR para a frente. Empolgamento do Comandante. E ele não é muito de se abalar, é calmo, quieto, dando todo vigor às idéias que nasciam e cresciam, levava à frente todos aqueles sonhos dos alunos, permitindo que se fizessem competições, almoços no Galpão Crioulo, lá em cima, no CPOR. Isso é de uma importância fundamental e, por isso, nós estamos aqui. Esta é a “magia da caserna”.

Não fui eu quem idealizou esta reunião. Eu volto e repriso: não fui eu. Eu apenas sou o instrumento. Eu não tenho nenhuma vergonha, nenhum recato em dizer que podia ter feito, idealizado, pedido ao nosso Presidente, e ele faria, mas foram os alunos. Foram vocês que fizeram esta homenagem ao Ene Garcez. Para que eu vou ler as folhas de alterações? Eu não tenho que ler onde nasceu, onde que andou, o que vai ser. Não me interessa. O que interessa é esse ímpeto, essa força, essa vibração que esse Coronel tem e que conseguiu transmitir aos seus comandados, empolgando-os para o amor à caserna. Siga o seu caminho. Vá na direção que tem que ir, em Brasília, Rio de Janeiro, e a Câmara de Porto Alegre, através de seu Presidente, e posso dizer todos os Vereadores, lhe dão um passe, e não é um passe espírita - podia ser -, mas é apenas um desejo que triunfe e que não esmoreça, pois o senhor é muito moço, pode dar muito ao exército. Esse exército tem 25 mil homens na Amazônia, e ninguém sabe, 25 mil resistiram, porque tentar a Amazônia, só resistindo.

Vá em frente, Coronel, cumpra a sua missão, porque nós aqui estamos olhando para saber até onde o senhor vai. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Queria pedir licença ao Sr. Presidente para saudar uma pessoa, que é o Coronel Juarez Schneider, que é do meu tempo. Há quarenta anos fui aluno do CPOR, ele foi meu instrutor - está presente aqui -, e é Coronel de Infantaria. Tudo que tem a lembrança dos tempos felizes, nos emociona. Tudo o que tem educação, tudo que tem aprendizado, tudo o que nos exigia em matéria de companheirismo, de exigência física, de acampamentos, de manuseio de armas, de atitudes inusitadas, como, por exemplo, o uso do cavalo pela Cavalaria, o que não é comum na zona urbana de Porto Alegre. Essas coisas todas, num passado já longínquo, emociona.

O bonde das seis e trinta da manhã desembarcava milhares de alunos nas quentes manhãs de verão. E, Coronel Pedro Américo Leal, eu já era universitário, fazia o Curso de Saúde e era um doce fim de adolescência e início de maturidade, talvez a época mais importante do cidadão, quando ele começa a exercer essa importância junto à sociedade, e talvez a fase mais delicada da vida das pessoas, porque é necessária uma presença maior, mais forte, já que a família vai-se desligando e a sociedade vai abraçando essas pessoas.

Tive no CPOR toda essa acolhida, todo esse momento de felicidade, dos meus inesquecíveis colegas, das brincadeiras, que eram piadas maravilhosas contadas pelo Elefante, Cobaia, Bactéria, e nós, ali, estávamos aprendendo e internalizando um sentimento de defesa da Pátria- esta Pátria tão bem definida por Vinícius de Morais em seu poema Minha Pátria - de defesa das leis, das instituições, do nosso povo, das nossas raízes, do nosso solo, da nossa fronteira.

O Exército Brasileiro é, hoje para mim, um exemplo de postura, de discrição, mesmo nos momentos mais difíceis da nacionalidade, quando da necessidade da segurança nacional, os salários atrasados, aviltados, as dificuldades que, silenciosamente, o nosso Exército demonstra, dando exemplo para a sociedade, para os nossos jovens, sofrendo na carne, muitas vezes, as injustiças, as dificuldades de uma época. Por isso a postura impecável do Exército Nacional é, hoje, para nós, no mínimo, fonte de inesgotável orgulho nacional. Lembro-me perfeitamente do fim do Hino do CPOR que dizia; “Nas lutas, nas batalhas, nos combates, onde canta o fuzil, ruge o canhão, enfrentamos a fúria dos embates com bravura, valor e decisão.”

Senhor Comandante, com o que nós aprendemos no Exército, com o que nós levamos para a vida, pode ficar certo, hoje, na vida - e eu estou falando daqueles que foram meus companheiros, daqueles que são mandatários da nação, daqueles que hoje são concertistas internacionais e que saíram das fileiras do Exército; daqueles que hoje são médicos, farmacêuticos, odontólogos, porque eram da área da saúde -, pode ficar certo, Sr. Comandante, nós hoje estamos espalhados pela vida com bravura, valor e decisão. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Juarez Pinheiro solicita Licença para Tratamento de Saúde no dia de hoje.

 

(Obs.: Foi apregoado Requerimento de licença do Ver. Juarez Pinheiro, e dada posse ao Suplente, conforme consta na Ata.)

 

Agora nós vamos ter o prazer de ouvir o Coronel de Infantaria Ene Garcez dos Reis Júnior, Comandante do Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre - CPOR, que está sendo, hoje, a figura homenageada por esta Casa, juntamente com a sua Instituição e com o Exército Nacional.

 

O SR. ENE GARCEZ DOS REIS JÚNIOR: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Sr. Presidente e Srs. Vereadores, hoje é um dia de singular importância para mim, porque tenho a honra de receber esta homenagem da Cidade de Porto Alegre, que tão bem me acolheu e a minha família, quando aqui chegamos há dois anos, por ter sido designado para comandar o Centro de Preparação dos Oficiais da Reserva de Porto Alegre.

É uma distinção comandar o CPOR de Porto Alegre, que é um tradicional estabelecimento de ensino militar do nosso Exército que, a partir de 31 de janeiro de 1928, angariou o carinho e o respeito desta Cidade. Há 70 anos, se insere, pois, de forma marcante nas ricas tradições do povo Rio-Grandense e orgulhosamente colabora na formação e no amadurecimento de importante parcela da juventude gaúcha que passa a integrar, como Oficial, a reserva da Força Terrestre, após a conclusão do seu Curso.

Pelos seus bancos escolares passaram alunos que se tornaram expoentes nos mais diversos ramos da atividade humana, político, empresarial, jurídico, jornalístico, médico, artístico e tantos outros, alcançando projeção nos contextos regional, nacional e internacional.

Permitam, V. Ex.as, que eu transfira esta homenagem à Instituição que abracei desde muito cedo de minha vida e que é parte intrínseca da minha alma de brasileiro. Vejam que, certamente, o propósito do eminente Ver. Pedro Américo Leal foi hipotecar ao Exército Brasileiro todas as distinções de que faz jus o seu papel na história de nossa Pátria e, em particular na do Rio Grande do Sul. Podem acreditar que os meus sentimentos e afinidades com o simpático, hospitaleiro e amigo povo gaúcho estarão indelevelmente preservados ao longo de minha existência. Muito obrigado, Porto Alegre. Muito obrigado Rio Grande do Sul.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, nós agradecemos, mais uma vez, a presença de todos os senhores, de todas as senhoras; agradecemos ao Ver. Pedro Américo Leal por esta oportunidade que dá à Casa por estarmos homenageando o Cel. Ene Garcez dos Reis Júnior, Comandante do CPOR de Porto Alegre. O Ver. Pedro Américo Leal entrega-lhe a Pauta dos trabalhos de hoje para marcar a sua passagem pela Câmara Municipal.

Queremos agradecer muito a presença e a cortesia do General De Nardi e do General Maurer que sempre têm atendido muito bem todos aqui desta Casa que fazem contato com o Exército Nacional em todas as ocasiões. Reconhecemos essa simpatia e esse elo entre esta Casa e o Exército Nacional que existe há algum tempo e essa ligação devemos principalmente à figura notável do nosso querido amigo Coronel Pedro Américo Leal, Vereador aqui nesta Casa, e que tem feito com que este elo de ligação seja cada vez mais forte.

Encontramos realmente muita correspondência nos contatos que fazemos com o Exército Nacional e agradecemos muito esta recíproca que recebemos. Muito obrigado pela presença dos senhores. Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 9h52min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às 9h58min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, queria registrar, na nossa Casa, a passagem do Dia do Engenheiro e do Arquiteto, esses profissionais que, literalmente, ajudam a construir o nosso País.

 

O SR. PRESIDENTE: E que o Grande Arquiteto do Universo esteja sempre orientando os trabalhos desses profissionais. Parabéns aos Engenheiros e aos Arquitetos da Casa, V. Ex.ª, Ver. Clovis Ilgenfritz, Ver. João Dib, são grandes Arquitetos, mas o Grande Arquiteto do Universo é que está orientando V. Ex.as no trabalho que têm todos os dias.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

3ª SESSÃO

 

PROC. 3210/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/98, de autoria da Vera. Maria do Rosário, que altera a denominação da Rua Triunfo para Rua Gervazio Braga Pinheiro.

 

PROC. 3241/98 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/98, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que inclui inciso IX no art. 21 da Lei Complementar nº 07, de 07 de dezembro de 1973, alterada pela Lei Complementar nº 209, de 28 de dezembro de 1989, que institui e disciplina os tributos de competência do Município.

 

PROC. 3242/98 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 020/98, de autoria da Vera. Annamaria Gularte, que inclui § 4º no art. 81 da Lei Complementar nº 395, de 26 de dezembro de 1996, que institui o Código Municipal de Saúde do Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

PROC. 3326/98 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 051/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede ao Monsenhor Severino Antônio Cesca Brum o título honorífico de Líder Comunitário.

 

PROC. 3402/98 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 174/98, de autoria do Ver. Juarez Pinheiro, que concede título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Frei Irineu Costella.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.  Desiste. O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste. A Ver.ª Clênia Maranhão está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste. O Ver. José Valdir está com a palavra para discutir a Pauta. Desiste.

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu gostaria de apresentar um Requerimento no sentido de que seja alterada a ordem de votação dos projetos na Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. João Dib, existia um entendimento entre as Lideranças, que encaminhavam esta preocupação de V. Ex.ª. Enquanto fazemos a verificação de quórum, V. Ex.ª poderia dialogar com as lideranças, no sentido da elaboração de um Requerimento.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. JOÃO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, requeiro a seguinte ordem para a discussão: PLL nº 060/97; PLL nº 093/98; PLL nº 101/98; PLL nº 121/98; PLL nº 122/98; PLE nº 028/98; PLL nº 130/98; PLL nº 140/98; PLL nº 029/98; PLE nº 042/98; PLE nº 044/98; PR nº 026/98; PR nº 033/98 e PR nº 047/98.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. João Dib. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Vamos votar os projetos segundo a ordem de votação proposta e aprovada.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1230/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 060/97, de autoria  do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Prêmio de Urbanismo “Urbanista da Metrópole” e dá outras providências. Com Emendas nºs 01 a 06.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;

- da CEFOR. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02;          

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto e das Emendas nºs 01 e 02.

           

Observações:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- retirado o Substitutivo nº 01.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 060/97, com Emendas de nº 01 a 06. (Pausa.) Encerrada a discussão. Em votação o Projeto com ressalva das Emendas. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, gostaria de saber se é possível votar as Emendas em bloco.

 

O SR. PRESIDENTE: Vamos colocar as Emendas em votação em bloco, conforme solicita o Ver. Guilherme Barbosa. Em votação as Emendas de nº 01 a 06 apostas ao PLL nº 060/98.  (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1968/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/98, de autoria do Ver. Cláudio Sebenello, que denomina Rua Lygia Tatsch Rothmann um logradouro publico localizado no Bairro Jardim Itu-Sabará.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral e votação o PLL nº 093/98. O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, registro nos Anais desta Casa a minha justificativa a esse monumento da cultura gaúcha. A professora Lygia Tatsch Rothmann foi professora de música do antigo Instituto de Belas Artes da UFRGS, a iniciadora do gosto musical deste Vereador. Tive a honra de ser seu aluno, de usufruir de um trabalho competente, marcado pelo amor que ela depositava na sua tarefa. Parte da minha geração, que passou por suas mãos, certamente gostaria que essa Justificativa fosse investida de intensa conotação afetiva.

Esse ato passa a se legitimar muito mais, pois a justíssima homenagem a esse vulto da educação e da arte não só é um resgate que a Cidade faz da memória de alguém tão ilustre que a escolheu como chão do seu rico viver. É também um imenso reconhecimento de um dos seus alunos, daquela geração que deve o aprendizado de outro idioma, a música, a ela, através desse convívio privilegiado que tive a aventura de um dia usufruir. Essa rua terá para sempre a marca da saudade, a minha imensa saudade de uma época em que a felicidade poderia ser traduzida pelos sons musicais inesquecíveis, pela doce algaravia dos alunos do Instituto de Belas Artes e pela presença de Lygia. Rua Lygia Tatsch Rothmann, professora de arte e de sensibilidade. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 093/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2124/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 101/98, de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, que denomina Parque Zeno Simon um logradouro público localizado no Bairro Guarujá.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 101/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)  APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2484/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 121/98, de autoria do Ver. Henrique Fontana, que denomina Rua Tricolor um logradouro irregular localizado no Bairro Rubem Berta.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relatora Vera. Annamaria Gularte: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 121/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Solicito ao Ver. Clovis Ilgenfritz que assuma a Presidência dos trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2495/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/98, de autoria do Ver. Luiz Braz, que declara de utilidade pública a Fundação Moab Caldas de Umbanda e Africanismo.

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): Em discussão o  PLL nº 122/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Srs. Vereadores, eu coloco em votação a Licença do Ver. Henrique Fontana para Tratamento de Interesses Particulares no dia de hoje, 11 de dezembro de 1998.

 

(Obs.: Foi aprovado Requerimento de licença do Ver. Henrique Fontana, e dada posse à Suplente, conforme consta na Ata.)

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2606/98 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/98, que declara de utilidade pública a Associação dos Amigos do Museu de Arte do Rio Grande do Sul

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral o PLE nº 028/98. (Pausa.) Não havendo inscritos para discussão, em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2638/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 130/98, de autoria do Ver. Renato Guimarães, que denomina Praça Emílio Rocha do Prado um logradouro público localizado no Bairro Bom Jesus.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão geral e votação o PLL nº 130/98. (Pausa.) Não há inscritos para discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

A Mesa apregoa a Emenda nº 02, de autoria do Ver. José Valdir, subscrita pelos Vers. Cláudio Sebenelo e João Dib, aposta ao PLL nº 029/97.

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2794/98 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/98, de autoria do Ver. João Dib, que denomina Largo Le Pera o logradouro público localizado na confluência das Ruas Carlos Trein Filho e Carazinho com as Avenidas Dr. Nilo Peçanha e Nilópolis, no Bairro Bela Vista.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 140/98. (Pausa.) Não há inscritos para discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 0812/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/97, de autoria do Ver. José Valdir, que institui o Programa de Atendimento aos Idosos em situação de risco pessoal e social. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela rejeição do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Ver.ª Tereza Franco: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Renato Guimarães: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 029/97. Para discutir tem a palavra o Ver. José Valdir.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a idéia deste Projeto surgiu a partir de um trabalho bem antigo que existe na FESC, trabalho, de certa forma, pioneiro em todo Estado, com idosos dos Centros Comunitários, onde tivemos a felicidade, nos quatro anos em que dirigimos a FESC, de contribuir e, talvez, ajudar a aprimorar este trabalho.

Simbolizo as diversas contribuições que tivemos em duas pessoas que muito marcaram este trabalho, que hoje estão aqui, que são: a Técnica da FESC, companheira Sigrid, que também é Coordenadora do Grupo de Idosos do CECOPAM, e a companheira Lúcia Padilha, que é Delegada da Temática de Assistência Social e Saúde e Coordenadora da Comissão de Idosos pela CRAS-Noroeste, que foi uma incansável batalhadora em relação a esse Projeto, apresentando essa idéia no Orçamento. Por isso este é o tipo de Projeto que tem uma autoria coletiva, como diz o Ver. Pedro Américo Leal, eu sou apenas o instrumento de apresentação. Eu gostaria de explicar e situar esse Projeto, porque acredito que ele vá ter aprovação unânime da Casa.

Uma das preocupações mais importantes que a sociedade deve ter é com o idoso. Acho que até é uma cultura de resistência que a gente faz em relação ao tipo de sociedade que cada vez envereda mais pelo imediatismo e pelo consumismo. A cada dia que passa, a sociedade em que nós vivemos, infelizmente, erige como valores mais importantes a produção, o consumo e o lucro. Neste sentido, as duas pontas extremas da vida são muito desvalorizadas, pois ou são muito jovens para produzir, como é caso da criança e do adolescente, ou já não podem produzir, como é o caso do idoso. Então, nós temos na nossa sociedade uma ausência de política, um abandono dessas duas pontas, em função de um modelo de sociedade que, perigosamente, se encaminha para a excessiva valorização dos dois princípios, que são a produção e o consumo.

Nossa sociedade é uma sociedade extremamente individualista e consumista e o idoso é parte dessa exclusão. Sofrem os idosos das famílias mais abastadas, quando são excluídos da convivência familiar e atirados em instituições. E o idoso das famílias de baixa renda sofre outro tipo de solidão e discriminação dentro, muitas vezes, da própria família e, como a maioria dos membros, por não ter condições, tem que se deslocar para o trabalho durante o dia, esse idoso fica sem o mínimo acompanhamento, sofrendo, inclusive, uma situação de extremo risco.

O Projeto que estamos apresentando traz a preocupação exatamente com essa parcela dos idosos, isto é, com os idosos de baixa renda, para que eles tenham um programa de atendimento em Porto Alegre e que, com o tempo, haja vários centros na cidade, onde ele possa, durante o dia, ter uma convivência com os demais idosos, onde terá alimentação, atividades recreativas, físicas, lúdicas, que seria, como alguém batizou, um tipo de “creche” para os idosos.

É uma idéia simples que já temos um modelo funcionando no Centro da Comunidade da FESC.

 

O SR. PRESIDENTE: Vereador, seu tempo está esgotado. O Ver. Adeli Sell cede seu tempo ao Ver. José Valdir.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Agradeço ao Ver. Adeli Sell. Esse Programa de Atendimento ao Idoso embasa-se, em primeiro lugar, na Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS de 1993. A LOAS estabeleceu uma grande revolução na maneira de pensar a assistência social, primeiro, quando definiu a assistência social como um direito do cidadão e um dever do Estado e, segundo, quando colocou a assistência social no tripé da seguridade social.

Esse Projeto insere-se perfeitamente dentro dessa idéia de seguridade que é, nada mais, nada menos, do que o Poder Público garantir políticas que possam reduzir ou até prevenir os riscos e as vulnerabilidades sociais, especialmente daqueles setores mais excluídos.

Portanto, este Projeto está perfeitamente enquadrado dentro da nova visão de assistência social e perfeitamente enquadrado numa outra conquista, de uma lei que estabeleceu a política nacional do idoso - a Lei nº 8.842 -, regulamentada pelo Decreto nº 1948, que estabelece, já nos primeiros artigos, a preocupação com a busca de uma alternativa ao atendimento asilar clássico, que, simplesmente, faz uma espécie de depósito de idosos: a alternativa de criar estruturas menores que propiciem a convivência. Aliás, essa é a nova maneira de pensar. Tanto no atendimento às crianças em situação de risco, quanto no atendimento ao idoso, a grande revolução que tivemos, do processo da Constituinte para cá, foi, exatamente, fazer o resgate de uma coisa muito simples: a família.

O resgate do vínculo familiar passou a ser visto como de fundamental importância tanto no atendimento à criança e ao adolescente em situação de risco quanto no atendimento ao idoso. Antes se pensava no atendimento a esses setores da sociedade segregando, apartando da família. A discussão que se estabeleceu, a partir da Constituição, procurou resgatar uma coisa muito simples, mas que é fundamental se nós quisermos, realmente, fazer o resgate da cidadania: garantir o direito à convivência familiar e à convivência comunitária. Essas duas conquistas, essas duas elaborações, que se vêm fazendo a partir da Constituição, acredito serem fundamentais, quando se pensa tanto em resgatar a dignidade da criança e do adolescente quanto a do idoso, quando se fala em direito à cidadania.

Este Projeto foi amplamente discutido nas conferências sobre assistência social, foi aprovado especialmente na 2ª Conferência, foi discutido no Orçamento Participativo com o empenho de muitos idosos. Uma das pessoas que mais batalhou foi a companheira Lúcia, como eu referi aqui, que, em todas as Plenárias do Orçamento Participativo estava lá, defendendo este Projeto que, depois de tanto ser debatido, acabou sendo aprovado nessas instâncias.

Portanto, este Projeto chega nesta Casa com toda esta legitimação social, de ter sido amplamente debatido nestes fóruns, é um Projeto que se adapta, perfeitamente, às conquistas, às elaborações jurídicas e legais que tivemos nos últimos tempos em relação a esta questão do idoso, à política nacional do idoso, à LOAS.

Então, é um Projeto que tem plenas condições, acredito, de receber o apoio unânime desta Casa, como acredito que vai acontecer. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Cláudio Sebenelo para discutir o PLL nº 29/97.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, considero este Projeto do Ver. José Valdir um dos pontos altos deste ano legislativo, com a instituição do Programa de Atendimento ao Idoso em risco social e pessoal.

O velho, na sociedade brasileira, é considerado como um traste, é considerado como alguma coisa descartável da qual temos que nos livrar. Mesmo nas famílias mais abastadas, as providências voltadas aos interesses dos idosos são relegadas a um plano secundário. Nas classes sociais menos abastadas as dificuldades crescem e o velho, que já foi jovem um dia, que teve a sua relação com a sociedade normalizada por ser um ente produtivo, passa a ser rejeitado por essa mesma sociedade,  por ter deixado de produzir.

Venho a esta tribuna para ressaltar, além da importância deste magnífico Projeto, o despacho dado pelo Ver. Clovis Ilgenfritz que, inspiradamente, copia Norberto Bobbio, dizendo que o mundo de todos os velhos é, de modo mais ou menos intenso, o mundo da memória. Dizemos, afinal, que somos aquilo que pensamos, amamos e realizamos, e eu acrescentaria que somos aquilo que lembramos. Hoje, a lembrança do idoso está plasmada e corporificada nesse Projeto extraordinário de resgate da indiferença social em relação ao idoso e, principalmente, numa velha lenda grega. Está fotografada a idéia do que esta sociedade faz das pessoas que deixam de produzir por um fenômeno etário. Lá na distante Grécia, em Esparta, quando se desprezavam e descartavam os velhos, os quais escolhiam a forma de morte, um velho escolheu uma forma de morrer: de frio na montanha. E o filho, penalizado, antes de levar seu pai para a montanha, teceu para ele um cobertor. Esse manto de lã para protegê-lo do frio foi rasgado pela metade por seu pai. E o filho perguntou a ele: “Não queres o manto”? E o pai respondeu: “Quero o manto sim para me proteger do frio, mas só que a outra metade vou deixar para ti, para o dia em que o teu filho te trouxer aqui para esta gelada montanha”. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 029/97.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nós hoje estamos discutindo aqui um Projeto extremamente importante. Estão aqui presentes pessoas ligadas à luta na defesa do idoso. Nós queremos cumprimentar o Ver. José Valdir que concretiza na formulação e na prática, não só recomendações esparsas como dispositivos constitucionais que estabelecem que a sociedade, a família, a coletividade têm compromisso com o idoso no seu atendimento e na sua assistência.

 E a observação, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, que a gente vem fazendo é de que, muitas vezes, como regra e não como exceção, as famílias abastadas têm recursos materiais, mas não têm carinho com o idoso, falta carinho e sobram recursos materiais. Inversamente, nas famílias pobres, humildes, despossuídas, sobra carinho mas falta recurso de ordem material. Então, é preciso que nos mais diferentes setores públicos haja exatamente intervenções dessa natureza, no sentido de se colocar mecanismos, contribuições, para que se busque o que almejam as leis, as constituições, que é estender ao idoso a dignidade que lhe corresponde.

Eu acho que já tivemos alguns avanços no sentido de mostrar que o idoso existe. Toda essa mobilização que hoje nós assistimos envolvendo os clubes, a terceira idade e todas essas mobilizações que se dão basicamente nos centros comunitários já avançaram no sentido de se fazer ver o idoso, que, anos atrás, estava à margem, escondidos da sociedade. Hoje o idoso se mostra à sociedade e isso é um ponto extremamente importante, no sentido de se buscar aquelas condições que as leis e a Constituição estabelecem em sua defesa.

Portanto, projetos como este são bem-vindos, Ver. José Valdir, projetos que atendem aqueles que durante a vida toda, homens e mulheres, deram a melhor da suas contribuições para a sociedade, através do trabalho, enfrentando dificuldades e quando perdem as forças operativas do trabalho, a sociedade os relega. Então, nós temos que mudar a cabeça da sociedade, e basicamente da sociedade capitalista, que vê o homem não muito além do que uma força de trabalho. Para este ser de dignidade, que é o ser humano, nós temos que olhar como um todo, e não absolutamente como um instrumento de trabalho. Então, quando, numa determinada idade, as pessoas já não têm mais forças, à sociedade ele já não mais interessa. Aqueles que, ao longo dos anos, ao longo da vida, construíram até o patrimônio que desfruta a família, são os relegados, são os verdadeiros estorvos.

Nós precisamos, através de muita luta e trabalho, mostrando a problemática que envolve o idoso, mudar a visão, mudar a cabeça da sociedade para ver no idoso um ser digno, aquele que, efetivamente, deu contribuições efetivas para o engrandecimento da própria sociedade. A nossa manifestação é no sentido de dizer, e votar, que se trata de um excelente Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: A Ver.ª Tereza Franco está com a palavra para discutir o PLL nº 029/97.

 

A SRA. TEREZA FRANCO: Sr. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores e demais presentes, em primeiro lugar, quero parabenizar o Ver. José Valdir pelo Projeto, o qual tive a honra de ser Relatora. Eu já vou dizendo que tenho a infelicidade de morar ao lado de um asilo, e eu vejo o que uma pessoa idosa passa quando está num asilo, e o pior é que tudo se vê e muito pouco se faz. Estou cansada de registrar queixa nas delegacias do idoso sobre os maus tratos aos idosos. É triste a pessoa chegar nessa idade e ser tratado dessa forma, e um caminho para o qual todos nós estamos indo. Que Deus nos ajude nesse percurso.

Ver. José Valdir, mais uma vez quero lhe agradecer por ter me dado a chance de ser relatora deste Projeto. Voto a favor, e quero dizer que serei favorável a todos os projetos que tiverem esse objetivo. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão. (Pausa.) Em votação o PLL nº 029/97. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 029/97. Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 029/97.  Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

A SRA. MARISTELA MAFFEI (Requerimento): A nossa Cidade, ontem, perdeu um grande artista plástico, de reconhecimento nacional e internacional. Ele partiu, mas, com certeza, vai continuar conosco porque ele simbolizava o espírito da humanidade, da cultura, da arte. Solicito um minuto de silêncio em homenagem ao escultor, artista plástico, Vasco Prado.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Cláudio Sebenelo já havia feito o registro no início da Sessão e ficamos de prestar uma homenagem em um outro momento da Sessão. Solicito aos Senhores Vereadores, e demais presente, que façamos um minuto de silêncio.

 

(É feito um minuto de silêncio.)

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Solicito que seja registrada a minha presença.

 

O SR. PRESIDENTE: Sua presença será registrada na primeira votação, Ver. Antonio Hohlfeldt.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3196/98 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 042/98, que autoriza a abertura de crédito suplementar no Departamento Municipal de Limpeza Urbana – DMLU, no valor de R$ 4.145.000,00, e dá outras providências. Urgência.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral: Ver. Fernando Záchia: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – Art. 122, III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 042/98. O Ver. Cláudio Sebenelo está com a palavra para discutir.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, há a obviedade da aprovação por parte deste Plenário do Projeto de Lei do Executivo, solicitando a verba de 4 milhões e 145 mil reais, relativa a uma cobertura de um crescimento vegetativo da quantidade de lixo no valor de 23,36% do seu volume, já que o Departamento cresce na razão direta em que cresce o lixo em Porto Alegre.

O lixo que era uma palavra pejorativa passou a ser, hoje, sinônimo também de emprego, de ganhos e de saúde. Sempre que tenho chance de falar sobre o problema da limpeza refiro-me à do Arroio Dilúvio. Eu requeiro às autoridades municipais a integração das ações do Departamento Municipal de Limpeza Urbana com o DEP, no sentido de que os trabalhadores em limpeza urbana não façam somente a limpeza do Arroio Dilúvio, em suas margens, mas sim em seu interior, onde há um fluxo de água, onde acumula-se maior quantidade de lixo. Se for preciso o uso de equipamento de proteção individual da cada trabalhador, que se providencie, através dessa verba, mas que não se deixe de fazer, periodicamente, a limpeza do lixo depositado nos nossos arroios: o Arroio Areia, o Arroio São Vicente, o Arroio Cascatinha.

O nosso sistema de arroios cresce muito com as chuvas e nós temos a ilusão de que a chuva limpa os arroios. Não, continuam os mesmos detritos, de três ou quatro meses atrás, dentro do arroio. Por isso que eu peço essa integração, esse auxílio do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, para que não se limite a coletar o lixo em volta do Arroio, mas limpe também a parte interna, a parte do fluxo d’água, que não é profundo, mas que está intensamente poluído e sujo, não só pelos dejetos, mas por lixo grosseiro que, inclusive, forma verdadeiras barragens formadas pelo lixo, e isso pode ser retirado, pelo menos semanalmente.

Eu conheço o lixo do Arroio Dilúvio, tem lixo, lá, de três, quatro, cinco meses e não foi removido.

 

O Sr. Pedro Américo Leal: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Ex.ª tem a minha admiração pelo empenho que vem fazendo em torno da limpeza do Arroio Dilúvio. Eu assisti a um programa de rádio em que V. Ex.ª insistentemente sustentou o debate com autoridades da área.

Eu fico boquiaberto, porque o Ver. João Dib também é muito interessado nisso. Por que a Prefeitura não se sensibiliza? Eu estou aguardando que alguma coisa seja feita, porque é grande o empenho de V. Ex.ª.

 

O SR. CLÁUDIO SEBENELO: Muito obrigado pelo aparte. Há um pedido de colocação de placas, que podem ser colocados em cada poste, dizendo: “Não ponham lixo no Arroio.” Que se coloquem contêineres, tirando pneus, sofás, lâmpadas fluorescentes, garrafas de refrigerantes, que são exatamente os mesmos de três meses atrás. Se o Departamento Municipal de Limpeza Urbana puder limpar o leito do Arroio Dilúvio, será, certamente, um exemplo para a população que, quando enxergar que o Arroio está limpo, vai pensar duas vezes em colocar ali todos os dejetos, inclusive, os macrodejetos que, colocados dentro de um arroio, passam a ser represas pela quantidade de lixo. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Ver. Sebenelo, V. Ex.ª  foi o primeiro Vereador a ter o seu tempo marcado no nosso painel eletrônico, há pouco  tempo inaugurado. Isso pode ser acrescido ao seu currículo.

Encerrada a discussão. Em votação o PLE nº 042/98. O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra para uma Questão de Ordem.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT (Questão de Ordem): Peço apuração nominal para permitir que os Vereadores que ainda não deram a sua presença possam fazê-lo. Há vários Vereadores no Plenário que ainda não registraram a sua presença.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar o PLE nº 042/98.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, registro que não aceito este excesso de arrecadação que a Prefeitura apregoa, mas voto favoravelmente ao Projeto. Obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal, por solicitação do Ver. Antonio Hohlfeldt, o PLE nº 042/98. (Após a apuração.) APROVADO por 21 votos SIM.

Estão suspensos os trabalhos para reunião conjunta das Comissões.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 10h57min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz - às 11h10min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3451/98 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 044/98, que autoriza a abertura de créditos suplementares no Executivo e Legislativo Municipais, no valor de R$ 22.126.139,00 e dá outras providências.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ/CEFOR/CUTHAB: Relator-Geral Ver. Fernando Záchia: pela

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib solicita destaque a uma expressão contida no artigo 1º do PLE nº 044/98.

Em discussão o PLE nº 044/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação o PLE nº 044/98. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação a expressão contida no artigo 1º do PLE nº 044/98.  O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, a Companhia Carris tem um convênio com a Prefeitura desde 1972. Periodicamente ele tem sido renovado, através de Lei. A última renovação se fez em 28 de dezembro de 1995 e o convênio se extinguiria no dia 7 de dezembro de 1997. Não foi por falta de alerta. Este Vereador fazia pedido de informação ao Prefeito e ele, falaciosamente, respondia, dizendo que o convênio estava em vigor. Isso no dia 22 de janeiro deste ano, o convênio se extinguiu na forma da Lei nº 7.738, no dia 07 de dezembro.

Entendo, portanto, que esta Casa não pode autorizar essa rubrica. Eu voto contrariamente. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a questão levantada pelo Ver. João Dib é passível de discussão, e até me coloco à disposição para que nós, Ver. João Dib, aprofundemos essa questão junto ao setor jurídico da Prefeitura e até mesmo da Casa. No entanto, nós temos hoje uma situação fática.

No Orçamento que vige até o final do ano, até o dia 31 de dezembro, já havia a colocação dessa parcela, de recursos de transferências da Centralizada para a Carris. A interpretação da Procuradoria da Prefeitura é que não haveria mais a necessidade de lei. É um debate. Se nós, Srs. Vereadores, votarmos contra essa possibilidade, teremos dificuldade de honrar os compromissos de salário dessa parcela com os antigos funcionários da Carris.

A situação concreta hoje: se votarmos contra não pagaremos os salários e encargos desses funcionários.

Em nome da Bancada do PT, quero me comprometer para que nós, definitivamente, esclareçamos a questão legal: se precisa ou não de lei. Agora, neste momento, será impossível, por esse aspecto levantado por mim, de votarmos contra, a menos que nós, de forma indireta, queiramos prejudicar. Sei que não é isso que o Ver. João Dib coloca, porém o resultado concreto seria esse, não poderíamos honrar o compromisso de salário com esses funcionários. Portanto, peço o voto favorável, mas que, definitivamente, esclareçamos esta questão legal. Sou parceiro para que isso fique claro. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal a parte destacada e, contida no artigo 1º do PLE nº 044/98. (Após a apuração.) APROVADA por 15 votos SIM, 5 NÃO.

A Mesa apregoa os Ofícios n.os 490 e 491/98, do Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre, que encaminha à Câmara o PLE nº 046/98 (Proc. nº 3473/98) que altera a Ementa e o Artigo 1º da Lei nº 8.177, de 24 de junho de 1998, e dá outras providências, bem como o PLCE nº 009/98 (Proc. nº 3470/98), que retroage os efeitos da Lei Complementar nº 425, de 13 de outubro de 1998.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1778/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 026/98, de autoria do Ver. João Motta, que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza ao Deputado Estadual Marcos Rolim.

 

Parecer:

-          da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria do Ver. João Motta solicitando o adiamento por uma Sessão do PR nº 026/98. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2512/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/98, de autoria da Vera. Clênia Maranhão, que concede o Prêmio de Artes Plásticas Iberê Camargo ao pintor, desenhista e gravador Henrique Fuhro.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Carlos Alberto Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o  PR nº 033/98, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, encerrada a discussão. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

PROC. 3115/98 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 047/98, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que concede o título honorífico de Líder Comunitário ao Monsenhor Máximo Benvegnu.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Eliseu Sabino: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PR nº 047/98. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação nominal por solicitação do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) (Após a apuração.) Por 24 votos SIM foi APROVADO.

Srs. Vereadores, estão suspensos os trabalhos.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 11h27min.)

 

O SR. PRESIDENTE (às  11h31min): Estão reabertos os trabalhos.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 3099/98 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/98, de autoria do Ver. Clovis Ilgenfritz, que regulamenta o art. 232, inciso IV, da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, instituindo o Programa de Assistência Técnica ao Projeto e Construção de moradia econômica a pessoas de baixa renda, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I da LOM;

-  incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.       

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº 017/98, com ressalva da Emenda. (Pausa.) Em votação nominal solicitada pelo Ver. Luiz Braz. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 22 votos SIM.

Em votação a Emenda nº 01 aposta ao PLCL nº 17/98. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1335/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 011/97, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que dispõe sobre a destinação de terrenos não-edificados no Município de Porto Alegre e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela rejeição do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM;

- adiada a discussão por quatro Sessões.         

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento da Ver.ª Maria do Rosário, que solicita o adiamento por uma Sessão do PLCL nº 011/97. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. GERSON ALMEIDA (Requerimento): Sr. Presidente, em virtude do célere processo que nós conseguimos constituir nesta Sessão, gostaríamos de aproveitar para propor que votássemos o PLL nº 158/97, de minha autoria, sobre a questão de condomínios e áreas de lazer, que tem parecer favorável de todas as comissões da Casa, e com a Emenda aposta também legal e o de folhas 36 que é um Projeto de autoria do Executivo que trata da mudança dos critérios da prestação de contas para aqueles funcionários do Município que têm direito a caixinhas de 30 para 60 dias, que, pelas consultas que fizemos às Bancadas, não há óbices. Se fizermos isso, limparíamos a pauta dos trabalhos que, provavelmente, haverá na terça-feira.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Gerson Almeida. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2666/97 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 158/97, de autoria do Ver. Gerson Almeida, que dispõe sobre a obrigatoriedade de inclusão, nas convenções de condomínio, de dispositivo que garanta o direito ao lazer, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Convenção sobre os Direitos da Criança e na Constituição Federal.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela rejeição do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relatora Vera. Tereza Franco: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Cláudio Sebenelo: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL nº 158/97. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. O Ver. Gerson Almeida está com a palavra para encaminhar.

 

O SR. GERSON ALMEIDA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, serei muito breve no encaminhamento desse Projeto. Gostaria, apenas, de registrar que ele foi construído a partir de um processo de debates e discussões com, não só os Conselheiros Tutelares, mas, inclusive, com vários representantes de condomínios que sabemos que, hoje, é o lugar onde a maioria da população mora e, portanto, é um lugar que precisa ter assegurado um espaço de lazer próprio para que as crianças e adolescentes possam se desenvolver.

Portanto, nesse sentido, peço a aprovação do Projeto por todos os Vereadores. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Cláudio Sebenelo, o PLL nº 158/97. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 16 votos SIM; 01 voto NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2885/98 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 034/98, que dispõe sobre o regime de adiantamento a funcionários da Administração Centralizada, Autarquias e Fundação.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nereu D’Ávila: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 034/98. Com a palavra o Ver. Reginaldo Pujol.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Esclarecimento): Aparentemente essa matéria não apresenta maior problema, mas ela tem certa complexidade. Eu pediria que alguém do PT nos explicasse a matéria para que nós pudéssemos votá-la tranqüilamente.

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Guilherme Barbosa está com a palavra para discutir o PLE nº 034/98.

 

O SR. GUILHERME BARBOSA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, apesar de esse ser um Projeto que manipula com recursos financeiros, ele trata apenas daquela parcela de pequenos valores: um adiantamento para alguns funcionários que fazem pequenas compras para os vários setores da Prefeitura. Hoje eles têm 30 dias para prestar contas, prazo que, em algumas situações, é muito curto. O Projeto apenas amplia esse prazo para 60 dias. Não há, portanto, complexidade maior, Ver. Reginaldo Pujol. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrado o período de discussão. Em votação. (Pausa.) O Ver. João Dib está com a palavra para encaminhar o PLE nº 034/98.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o funcionário municipal, quando recebe um adiantamento, tem, para si, um ônus, e, na prestação de contas, ele pode ter um problema por um dia ou dois. O Projeto de Lei está ordenando isso, salvaguardando as posições dos municipários, o que é muito importante. Saúde e paz. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Luiz Braz, o PLE nº 034/98. (Pausa.) (Após a apuração.) APROVADO por 19 votos SIM.

 

VOTAÇÃO

 

PROC. 1551/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 012/97, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que institui, oficialmente, como padroeira de Porto Alegre, Nossa Senhora dos Navegantes.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relatora Vera. Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I, da LOM;

- adiada a votação por uma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento, do Ver. Elói Guimarães, de adiamento de votação, por quatro Sessões, do PLCL nº 012/97. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2584/97 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 021/97, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que altera a Lei Complementar nº 43/79, obrigando os Centros Comerciais a destinar áreas de descanso para os comerciários. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda n 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Hélio Corbellini: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I , da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM.       

           

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCL nº 021/97, que altera a Lei Complementar nº 43/79, com Emenda nº 01. (Pausa.)

 

O SR. PAULO BRUM (Questão de Ordem): Eu indago a V. Ex.ª se é possível adiar esse processo, visto que o Ver. Jocelin Azambuja não se encontra no Plenário.

 

O SR. PRESIDENTE: Sim Vereador, é possível.

 

O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Requeiro o adiamento por uma Sessão do PLCL nº 021/97.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento do Ver. Paulo Brum, de adiamento do PLCL nº 021/97, por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 1241/98 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 002/98, que altera dispositivo da Lei Complementar nº 133, de 31 de dezembro de 1985, e dá outras providências. (Convocação para RDE, de detentores de CC5, sem formação universitária ou habilitação legal equivalente)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Juarez Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Brum: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, I e III, da LOM.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLCE nº 002/98. O Ver. João Dib está com a palavra para discutir.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, eu acho que o Executivo Municipal deveria retirar esse Projeto de Lei, até pelo posicionamento da Bancada do PT na Assembléia Legislativa. Eu não entendo posições: lá, não querem dar vantagens para os servidores da Assembléia, aqui, querem dar vantagens para os Cargos em Comissão da Prefeitura Municipal que passariam a ter vantagens que detêm pessoas com nível superior, na forma da Lei Complementar nº 133 e passariam a ter um aumento de 185% para os CCs amigos do Prefeito, tão-somente para eles, porque os cargos em comissão são, em geral, de pessoas estranhas aos quadros dos municipários e o Prefeito estaria propondo um aumento de 185,17% para os CCs na Prefeitura.

Ora, um Partido que reclama na Assembléia Legislativa e se afasta do Plenário, faz tremendas movimentações, e, aqui, no Legislativo Municipal, o Prefeito quer aprovar 185% para os seus cargos em comissão. Não tem sentido que se faça esse tipo de proposição, porque quem aceita ser titular de um cargo em comissão sabe qual é o salário.

Agora, o Prefeito, quando coloca os seus filiados partidários, aí, então, aumenta em 185%, diferente dos demais. A minha Bancada é contrária, não temos por que ter dois pontos de vista, um, quando se trata de servidores lá na Assembléia e, outro, quando se trata dos servidores aqui na Prefeitura, amigos do Prefeito, do quadro de cargos em comissão, servidores esses que são sempre do Partido dos Trabalhadores.

Não há por que atender a essa solicitação do Executivo Municipal. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Antônio Losada está com a palavra para discutir o PLCL nº 002/98.

 

O SR. ANTÔNIO LOSADA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. a proposta do Executivo nesse PLCL nº 002/98, que altera dispositivo da Lei Complementar nº 133, não eleva salários, ela possibilita que o trabalhador que exerce função equivalente à de nível superior tenha direito a receber o equivalente ao que recebe o CC5 de nível superior  e são, mais ou menos, 20 CCs.

 

O Sr. João Dib: V. Ex.ª me permite um aparte? (Assentimento do orador.) Um CC5, hoje, recebe R$ 420,00 e passa para R$ 1.200,00. Se isso não é elevação de salário, eu não sei o que é.

 

O SR. ANTÔNIO LOSADA: Vereador, toda Dedicação Exclusiva dobra o salário. O Vereador está tratando do básico, e não é isso que o CC5 recebe.

 

O Sr. Renato Guimarães: V. Ex.ª me permite um aparte? (Assentimento do orador.) Está-se criando uma confusão, o Projeto não cria nenhum cargo, nem cria a possibilidade de um cidadão, que já exerce uma função política, ocupar um cargo, porque na realidade já está ocupado. Este Projeto habilita um cidadão que não tenha curso superior, e que seja um agente político, a receber um salário de nível superior. Não amplia a folha de pagamento, porque esse cargo já existe, essa função já é ocupada, já é pago esse salário a um cidadão. A Câmara de Vereadores já habilitou os seus agentes no Executivo, e  é adequação, está-se criando essa mesma condição do agente político da Câmara. Estamos pedindo justiça a esses companheiros do Executivo que exercem essa função.

 

O SR. ANTÔNIO LOSADA: A colocação do Vereador está correta, não haverá nenhuma despesa para o Município, só retiramos do CC5 uma formalidade, uma exigência, o resto permanece como antes. Somente vamos retirar a comprovação da titulação do nível superior. A atividade, a carga horária, o vencimento continuam os mesmos. Muito obrigado.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicito ao Ver. Clovis Ilgenfritz que assuma a presidência dos trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE (Clovis Ilgenfritz): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, fiz questão de vir à tribuna, Ver.ª Maria do Rosário, porque o Ver. Antônio Losada citou esta Câmara, dizendo que aqui o CC-5 pode ser convocado para o Regime de Dedicação Exclusiva, dobrando o seu salário. Quem afirma isso, não conhece a Câmara, e o Ver. Antônio Losada tem obrigação, enquanto Vereador desta Casa, de conhecê-la. Aqui na Câmara Municipal de Porto Alegre não existe essa possibilidade. Se V. Ex.ª, Ver. Antônio Losada, que fez essa afirmação aqui da tribuna, quiser ser realmente correto e justo com os seus eleitores e com esta Casa, deve dizer que essa afirmação que V. Ex.ª fez foi sem conhecimento, porque aqui o CC-5 não pode ser convocado para o Regime de Dedicação Exclusiva.

Então não vamos fazer comparações e não vamos deixar a Câmara em uma situação difícil só para poder justificar qualquer ação política, que não quero criticar neste instante, qualquer ação política do Executivo Municipal. A Câmara não pode convocar para o Regime de Dedicação Exclusiva o CC-5. Espero que V. Ex.ª esteja pedindo esse aparte para reconhecer o seu equívoco.

 

O Sr. Antônio Losada: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só que a Câmara pode contratar, isso é possível.

 

O SR. LUIZ BRAZ: A Câmara pode contratar quem, Vereador? Não pode, porque somos regidos pela Constituição e pela Lei Orgânica do Município. A Constituição Federal em seu art. 37 estabelece - e agora é que ocorreu modificações nessa Constituição, - que para ingressar no serviço público é somente através de concurso público, ou então nos cargos que já estão aqui para os cargos de confiança que nós já temos, como ocorre no Executivo. O que estamos falando aqui não são de cargos, mas de convocação para regime. O Regime de Dedicação Exclusiva significa que dobra o salário, significa que se o cidadão está ganhando atualmente seiscentos reais, então ganhará um mil e duzentos reais. Esse é o regime.

 

O Sr. Antônio Losada: V. Ex.ª permite um aparte? (Assentimento do orador.) O Plenário sabe, e nós temos conhecimento disso. É uma injustiça que ocorre no Executivo, em que um colaborador, um cargo de confiança exerce uma função equivalente.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Seria bom que V. Ex.ª tivesse esse tempo para poder corrigir a sua informação, porque V. Ex.ª colocou a Câmara numa situação ruim, dando uma informação que não é correta. E não se faz isso. Não se mente para justificar projetos, e V. Ex.ª, quando citou a Câmara, deveria, pelo menos, ter consultado a nossa Legislação, as regras que regem a Câmara Municipal. Estamos tratando do Legislativo Municipal. Não podemos tratar o Legislativo dessa forma. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): O Ver. Renato Guimarães está com a palavra para discutir o PLCE nº 002/98.

 

O SR. RENATO GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, a intenção da bancada do PT não é criar um mal-entendido em relação a esse Projeto, em relação a como se dá o processo de acesso aos cargos na Câmara de Vereadores. O que estamos trazendo para o debate é que temos uma avaliação de partido, uma avaliação de administração, há agentes políticos que desenvolvem papel de tamanha importância na Administração desta Cidade, e que por isso merecem nosso respeito e a oportunidade de receber Dedicação Exclusiva.

Gostaríamos de registrar que a Legislação da Câmara que ordena todo o conjunto dos cargos para a nossa Bancada é clara. O que estamos dizendo é que, se é justo lá, não queremos criar uma regra onde estamos. Queremos ser justos lá na Assembléia, na Câmara - não estamos questionando isso - só estamos colocando que esse Projeto, no nosso entendimento, é um Projeto que tenta fazer justiça com cidadãos que desenvolvem um trabalho muito importante para a Cidade de Porto Alegre. Esse Projeto tem que ser discutido por nós, trabalhado e aprovado porque, na realidade, estamos fazendo justiça com os cidadãos que desenvolvem papéis importantes na Cidade. Não entendemos que tenha que ser uma regra, porque quando esse debate veio à Pauta na Casa, imagina-se que, se vale para o Executivo, vale para o Legislativo.

Para nós, a regra da justiça de que o agente político possa receber Dedicação Exclusiva, independente do seu grau de instrução, é uma regra para qualquer espaço político. É isso que afirmamos aqui. Vamos desfazer o mal-entendido. Queremos trazer esse debate porque esse Projeto tem uma importância para a nossa Administração, para a nossa Bancada.

Desfazendo o mal-entendido, poderemos continuar na caminhada da aprovação. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. José Valdir está com a palavra para discutir o PLCE nº 002/98.

 

O SR. JOSÉ VALDIR: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Na verdade, vim apenas trazer um dado que é importante que esta Câmara tenha para refletir e julgar com toda a isenção, com toda a simplicidade esta idéia do CC5, que é uma idéia muito simples.

A primeira vez em que veio à Câmara esta proposta foi quando nós estávamos na FESC e apresentamos o projeto de modificação da FESC e trouxemos esta proposta para a Câmara, que deu origem à Lei 9.414, mas a Câmara não aprovou. A meu ver, faltaram maiores esclarecimentos da nossa parte, na época. É bem como disse o Ver. Renato Guimarães, é uma situação muito simples, muito tranqüila. Eu vou dar um exemplo: nós temos no Centro de Comunidade os Gerentes do Centro de Comunidade e há uma situação extremamente injusta, porque nós temos Gerentes do Centro de Comunidade que, por terem curso superior, recebem um salário que é duas vezes superior a de outros Gerentes de Centros de Comunidade que não têm curso superior, ficando com um salário inferior.

Em termos de capacitação, os dois têm a mesma capacitação, porque são cargos políticos e não é a questão do título universitário que vai garantir a qualificação e a capacitação para dirigir um Centro de Comunidade. O que vai garantir é muito mais uma experiência de relação com a comunidade. Então, o que se quer com um projeto desses é sanar estas situações e estabelecer uma forma que seja uma forma justa. Eu acredito que isso não traz um ônus significativo para o Município, como está sendo colocado aqui. Apenas nós queremos corrigir uma situação e abrir esta possibilidade, porque da Constituinte para cá a sociedade se democratizou e espaços de participação foram criados, e hoje existe uma demanda por um outro tipo de agente político, cuja qualificação não necessariamente passa pelo título universitário, mas pela experiência junto as comunidades. É difícil encontrar pessoas que tenham a experiência junto a comunidade - como tratar com idosos - e que, ao mesmo tempo, tenham curso superior.

Quando dirigi a FESC convivi com situações de extrema desigualdade em termos de salário, quando precisamos colocar a pessoa mais adequada em determinada função. É em função disso que o Executivo reiteradamente recorre a esta Casa para que esta Casa seja parceira na solução e na correção de um problema que necessita de adequação em função da evolução legal e de democratização que a sociedade brasileira vem passando nos últimos tempos. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLCE nº 002/98.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eis um assunto em que todos que falam têm razão; o problema é a análise de como fazer. No dizer do Ver. Renato Guimarães é a correção de uma injustiça na medida em que o agente político também merece uma remuneração adequada para ser recrutado para algumas atividades.

A grande discussão, Ver. Guilherme Barbosa, é se a forma que se pretende encontrar essa justiça é a mais indicada, e podemos fazer agora esta discussão no momento em que está mais do que claro que não vamos ter condições de votar esta matéria no dia de hoje pela manifesta falta de quórum.

Vejam, o instituto da Dedicação Exclusiva foi introduzido no direito municipal com o objetivo de manter nos quadros do Município, e a sua inteira disposição, aqueles portadores de cargos de nível superior, de formação de nível superior que, eventualmente, estivessem a seu serviço. Deveria até ser uma exceção dentro do contexto. Aliás, há quem afirme que, e nunca me detive a olhar com mais profundidade esse fato, está de tal forma transformado esse instituto da Dedicação Exclusiva em uma complementação salarial que, se formos verificar na profundidade, vamos encontrar vários desvios da atividade, eis que, o impedimento para que se exercesse qualquer outra atividade que não para o Município de Porto Alegre, faria com que alguns técnicos muito qualificados, que se tem hoje, acabariam se afastando ou renunciassem à Dedicação Exclusiva.

Lembro que, quando dirigi o Departamento Municipal de Habitação, vários técnicos qualificados, que recrutei para trabalhar, abriram mão da Dedicação Exclusiva para não ficarem obstados de resolverem outros tipos de atividades, na maioria da vezes, muito mais rentáveis do que o acréscimo que a Dedicação Exclusiva pudesse lhe gerar.

Sei qual é a preocupação dos dirigentes da Cidade, do integrantes do Executivo e dos seus aliados na Casa, pois já passei pela Administração e sei que existem algumas situações, que não são regras, em que o mecanismo de remuneração do Município deixa muito a desejar. Têm razão aqueles que se preocupam com esse fato, como também têm razão aqueles que dizem que, indiscutivelmente, a aprovação desse Projeto de Lei representa, de forma oblíqua, e, por conseqüência, uma majoração salarial considerável para determinadas pessoas que se encontram nessas situações.

Hoje, sabemos que alguém que entra em um Cargo em Comissão vai ter o seu salário básico calculado em função da sua escolaridade e isso faz com que, evidentemente, alguém que tenha escolaridade de nível superior vai entrar, no mínimo, como técnico-científico, nível 1 ou algo nesse sentido. Como há na nossa Legislação um fosso entre o cargo administrativo mais alto, o intermediário e o de nível superior, isso já dá uma diferença. O acréscimo da RTI representa 50% e o acréscimo da RDE, representam 100%.

De qualquer maneira, em qualquer das hipóteses, quem vier a ser beneficiado por essa Lei, nos termos em que ela está escrita, receberia uma majoração de, no mínimo, 50% do seu básico, e isso, nós Vereadores que temos precaução em votar essa matéria, temos uma dificuldade em passar aos servidores do Município em geral, para aqueles que são concursados ou para aqueles que estão na atividade há mais tempo. Como é que eles ganham, por bimestre, alguns centésimos, que às vezes não chega a 1% de aumento, e numa tacada só votaríamos uma proposição que, para determinadas pessoas identificadas pelos oradores que me antecederam como sendo “agentes políticos”, daríamos um aumento que representa 50% do básico?

Todos têm razão. As cautelas de um ou de outro são plenamente válidas, defensáveis e ninguém fará nenhum crime de lesa-pátria se votarem num sentido ou noutro. Eu, particularmente, tenho muita dificuldade em votar a matéria nos termos em que ela está colocada, porque estarei estabelecendo uma situação de privilégios não previstos em Lei e estarei, conscientemente, provocando o desfiguramento absoluto do instituto da Dedicação Exclusiva que, a meu juízo, já está desfigurado há muito tempo, utilizado como complementação salarial e que se transformaria, não mais numa caricatura do que foi no início, mas, até mesmo, na antítese do que ele foi, quando foi instalado.

Por isso vamos votar com serenidade, sabendo que, neste particular, teremos que ter cuidado para não gerar injustiças flagrantes e que, sempre que possível, devem ser evitadas por nós. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Constatamos visualmente não haver quórum. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 12h17min.)

 

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